Centro de Estudos Globais: Cultura e ciência com chave hermenêutica global

José Eduardo Franco
Universidade Aberta

O Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta (CEG-UAb) tem como objetivo geral contribuir para a adequada compreensão dos processos e dinâmicas da globalização, focando-se nas relações complexas entre contextos locais, nacionais e internacionais, com o propósito de investigar para uma globalização de rosto mais humano e de contribuir para um desenvolvimento mais sustentável, em termos culturais, sociais, económicos e ambientais. Como novo centro que se inscreve no espírito e nas dinâmicas do seu tempo, assume, entre os seus valores, um forte compromisso com o respeito pelos direitos humanos, a liberdade dos povos e o combate aos desequilíbrios, desigualdades e violências. Assim, o Centro visa contribuir para a resposta a dar aos grandes riscos e desafios que a humanidade atravessa hoje, entre os quais estão à vista a destruição dos ecossistemas e dos patrimónios culturais, as mudanças climáticas, os efeitos das pandemias, as desigualdades económicas crescentes, as evoluções tecnológicas e a transição digital, os totalitarismos e outras ameaças à democracia, os terrorismos, as intolerâncias religiosas e os conflitos armados. Embora se trate de questões muito distintas, todas elas comportam riscos importantes para a vida individual e coletiva, implicando um tipo de conhecimento e de ação propriamente “global”, no sentido em que supera as fronteiras locais e nacionais, sem deixar de atender às singularidades dos diferentes territórios. 

José Eduardo Franco

Historiador. Investigador-Coordenador com equiparação a Professor Catedrático da Universidade Aberta, Diretor do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta, Titular da Cátedra de Estudos Globais/CIPSH e coordenador de linhas de investigação do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa). Tem sido trianualmente Professor-Visitador da Universidade de Paris II – Panthéon-Assas e da Universidade Federal de Sergipe. Coordena atualmente o programa de doutoramento em Estudos Globais na Universidade Aberta. Membro da Academia Portuguesa da História. Doutorou-se em “História e Civilizações” pela EHESS de Paris em Cultura pela Universidade de Aveiro, sendo mestre em História Moderna pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e mestre em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da mesma Universidade de Lisboa. Concluiu com sucesso a coordenação de vários projetos de investigação de grande fôlego, entre os quais os volumes do Dicionário Histórico das Ordens, a Obra Completa do Padre Manuel Antunes em 14 volumes e o projeto Arquivo Secreto do Vaticano editado em 3 volumes. Das suas publicações destacam-se os estudos aprofundados sobre Vieira, os Jesuítas e o Marquês de Pombal. Dirigiu com Pedro Calafete o projeto luso-brasileiro chamado “Vieira Global” que publicou a Obra Completa do Padre António Vieira em 30 volumes e agora prepara um Dicionário do Padre António Vieira, assim como a tradução e edição da obra seleta deste autor em 20 línguas de grande circulação internacional. Com Carlos Fiolhais dirigiu o projeto de investigação e edição intitulado Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa, que editado pelo Círculo de Leitores/Temas e Debates em 30 volumes. Com Fátima Vieira dirige o projeto “Portugal global em jogo de Espelhos” (150 mini-livros país a país), apoiado pelo Instituto Camões. Coordena ainda o projeto “Culturas em negativo” de que já resultou a publicação de um Dicionário dos AntisA Cultura Portuguesa em negativo. A matriz deste projeto, à semelhança de outros seus, já está a ser adaptada desenvolvida noutros países.  Da sua bibliografia livros podemos distinguir os seguintes livros: O Mito de Portugal, Lisboa, FMMVAD/Roma Editora, 2000, e O Mito dos Jesuítas em Portugal e no Brasil, Séculos XVI-XX, 2 Vols., Lisboa, Gradiva, 2006-2007; A Europa ao Espelho de Portugal: Ideia (s) de Europa na Cultura Portuguesa, Lisboa, Temas & Debates/Círculo de Leitores, 2020. Foi-lhe atribuída, em 2015, a Medalha de Mérito Cultural do Estado Português, o mais importante galardão atribuído pelo Governo Português, como reconhecimento dos serviços prestados à cultura e à Ciência.