Filomena Serra
Universidade Nova de Lisboa
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Em 2020, o Instituto de História Contemporânea (IHC) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa assinalou trinta anos de existência, através dos quais foi consolidando uma importante posição na comunidade académica nacional, graças aos seus órgãos directivos e, sobretudo, à organização científica dos seus grupos de investigação mobilizados para uma orientação multicultural, colaborativa e de intervenção social (Relatório de Actividades 2021). Dentro deste quadro, os seus investigadores têm-se centrado no estudo de fenómenos, induzidos pela cultura contemporânea, reunindo-se em grupos de pesquisa, como é o caso do Grupo de Investigação “Cultura, Identidades e Poder”; ou constituindo espaços de reflexão e debate através de Linhas Temáticas como são exemplos a “Oficina de História e Imagem”, o “GENLab” ou “Mediações Modernas: Arte, Tecnologia e Comunicação”.
Importa, pois, dar visibilidade às práticas da investigação do IHC, as quais se têm centrado nos estudos sobre a construção do Estado e dos movimentos sociais; as identidades; os estudos coloniais e pós-coloniais; as questões de raça, sexo e género; a sustentabilidade e a globalização; ou ainda dos usos do passado, através da memória e património cultural, bem como a atenção renovada dada ao papel das imagens. Com este propósito, propomo-nos dar a conhecer o modo como os seus investigadores, através de uma forte consciência crítica, repensando e debatendo a História Contemporânea e a contemporaneidade, se têm comprometido com a complexidade dos fenómenos culturais.
Filomena Serra
Doutorada em História da Arte Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É investigadora integrada no Instituto de História Contemporânea, fazendo parte do grupo “Cultura, Identidades, Poder”, onde participa na Oficina de História e Imagem, no IHC GEN Lab e em Mediações Modernas. Publicou livros e artigos sobre o Modernismo e os artistas portugueses. Além da cultura visual, tem investigado a cultura impressa e a fotografia de propaganda. Em 2016 foi co-curadora da exposição de arte contemporânea “(Co)Habitar”, patente na nova sede da Casa da América Latina-UCCLA; e em 2019 da exposição “Fotografia Impressa e Propaganda Visual em Portugal (1934-1974)” (Lisboa, Biblioteca Nacional). Publicou recentemente Projectos Editoriais e Propaganda. Imagens e Contra-Imagens no Estado Novo (ICS, 2020) e Fotografia Impressa e Propaganda em Portugal no Estado Novo(Editorial Muga, 2021). Foi Investigadora Responsável do Projecto FCT, Fotografia impressa. Imagem e propaganda em Portugal (1934-1974) (PTDC/CPC- HAT/4533/2014).